
Até pelo menos a década de 1980, por aí, o universo dos quadrinhos era um clube do Bolinha, só homens dominavam o mercado, praticamente a única exceção de sucesso em décadas, era a Marge (Marjorie Henderson Buell a criadora das histórias do Bolinha e Luluzinha).

Mais recentemente, creio que a partir dos anos 2000 a presença feminina começa a se impor neste mercado e agora para consolidar esta tendência, uma quadrinista brasileira conquistou o que pode se chamar de o “Oscar” dos quadrinhos mundiais, ganhou em 2025 o Prêmio Eisner de Melhor Desenhista/Arte-finalista.
Bilquis Evely nasceu em 1990 na cidade de Barueri, na Grande São Paulo. Começou nos quadrinhos em 2009, desenhando Luluzinha Teen e sua Turma, uma versão adolescente brasileira de Luluzinha em estilo mangá. Em 2012 estreou no mercado americano, desenhando Doc Savage e Shaft para a Dynamite Entertainment.
Em 2015, foi convidada pela DC Comics para desenhar a Supergirl na revista Bombshells
Em 2024, ela desenhou sua primeira série autoral, Helen of Wyndhorn (escrita por King), para a Dark Horse Comics. Por esse título, ela ganhou o Prêmio Eisner de 2025 de Melhor Desenhista/Arte-Finalista.
Com certeza um prêmio mais do que merecido, Bilquis tem um desenho maravilhoso, o domínio completo das técnicas tanto de pintura, luz e sombra, enquadramentos e sobretudo da anatomia fazendo de suas páginas um conjunto harmônico e pode juntar seu nome, merecidamente, ao lado dos melhores autores do gênero como Manara, Frank Miller, Alex Raymond, Will Eisner, Jack Kirby, Osamu Tezuka e Stan Lee.
Prêmios
2020 – Rudolph Dirks Award (Alemanha)de Melhor Artista de Quadrinhos – América do Sul e Central, por Sandman Universe: The Dreaming.
2022 – Troféu HQ Mix – Destaque Internacional.
2025 – Prêmio Eisner de Melhor Desenhista/Arte-finalista

