
Lançado em 2011 pelos estúdios Pixar, o curta-metragem “La Luna” (A Lua), dirigido por Enrico Casarosa, é uma delicada fábula sobre identidade, herança e escolhas.
A animação foi exibida originalmente antes do longa Brave (Valente, 2012) e recebeu uma indicação ao Oscar de Melhor Curta de Animação em 2012, conquistando público e crítica por sua sensibilidade.

A história acompanha um garoto que, pela primeira vez, acompanha seu pai e seu avô em uma jornada noturna para “trabalhar na lua”. Sem diálogos, apenas com expressões, gestos e sons suaves, o curta cria um ambiente de sonho no qual tradição e descoberta se encontram. No topo da lua, os três personagens limpam estrelas que caem em sua superfície, revelando o brilho intenso do céu — uma metáfora sobre aprender a trilhar o próprio caminho diante de legados familiares diferentes.
Visualmente, La Luna impressiona pela combinação sutil de animação 3D com texturas que evocam aquarelas, remetendo aos livros ilustrados clássicos. O resultado é um poema visual silencioso, que emociona crianças e adultos.
Dirigido por Casarosa, o curta traz muito da infância do diretor na Itália, refletindo experiências pessoais com o pai e o avô. “É uma história sobre descobrir quem você é, ao invés de simplesmente seguir os passos de alguém”, disse ele em entrevistas na época.
